EUA 496 84* 412

*Dados calculadosapartirdos resultadosapresentados noestudo. Osdados nãoforam padronizadosparaidade. A diferença naincidênciapodeserdecorrentedas

diferençasetárias nasdiversaspopulações.

Sobre a distribuição dos vários tipos de neoplasias, na maioria dos levantamentos estatísticos, constata­se que os

tumores de pele e os de tecido mole são os mais frequentes. Na sequência, as neoplasias mais diagnosticadas

compreendem as de glândulas mamárias, as de tecido hematopoiético, incluindo os linfomas, além dos tumores ósseos,

urogenitais, endócrinos, do trato digestório e orofaríngeos.

Em uma pesquisa realizada no Reino Unido, os três tumores mais diagnosticados foram os de natureza benigna e

compreenderam o histiocitoma cutâneo canino, o lipoma e o adenoma, seguidos dos mastocitomas e dos linfomas. Dorn,

avaliando a base de dados do California Animal Neoplasm Registry, comparando os locais das neoplasias mais frequentes

entre humanos, cães e gatos, constatou que as neoplasias cutâneas são as mais incidentes em ambas as espécies, seguidas

das neoplasias mamárias em mulheres e cadelas e leucemia e linfoma em gatos. No Danish Veterinary Cancer Registry

entre 2005 e 2008, os locais mais frequentes foram pele e anexos (43%), trato genital feminino, incluindo neoplasias

mamárias (28%), e sistema hematopoiético e órgãos cardiovasculares (6%). Ainda como resultado, os tumores mais

frequentes em cães machos foram os de tecido conjuntivo (17%), testículos (16%), pele (melanoma) (14%), orofaringe

(10%), linfoma (10%), ossos (4%), estômago e intestino (3%). Nas fêmeas, predominou a neoplasia mamária (51%),

seguida das de tecido conjuntivo (9%), pele (melanoma) (8%), linfoma (6%), orofaringe (5%), fígado e sistema biliar

(2%) e ossos (2%). A Tabela 1.4 mostra resultados de outros trabalhos.

Estudos epidemiológicos na literatura internacional, de forma geral, mostram que a raça Boxer tem sido considerada

predisposta ao desenvolvimento de neoplasias, principalmente mastocitomas e linfomas. Estudos também relatam que cães

da raça Bernese Mountain Dog são predispostos para o desenvolvimento de histiocitose maligna (> 25%), assim como os

Scottish Terriers para carcinomas vesicais (18 vezes a mais de chance em comparação com os cães sem raça definida) e

cães de grande porte para o desenvolvimento de osteossarcomas. Outro estudo mostrou que Cocker Spaniels Americanos

têm risco maior de desenvolverem neoplasias benignas [1,42 (1,17 a 1,72)] e neoplasias malignas [1,81 (1,11 a 2,96)] em

comparação com cães sem raça definida. Golden Retriviers têm um risco aumentado para neoplasias malignas [2,30 (1,43

a 3,70)] e Bichon Frisés, para desenvolvimento de neoplasias benignas [0,51 (0,33 a 0,79)]. Outro trabalho mais

minucioso calculou o risco relativo das raças mais acometidas por diferentes tipos de neoplasia (região mamária, testicular,

linfoma, histiocitose maligna e osteos­sarcoma). As raças com mais risco foram: Boxer (linfomas), Float Coated Retrivier

(histiocitose maligna), Schnauzer Gigante (linfomas), Cocker Spaniel Inglês (mamária), Rotweiller (osteos­sarcomas),

Setter Inglês (mamárias), Bernese Mountain Dog (histiocitose maligna), Dobermann (osteossarcomas), Labrador

(linfomas) e Pastor­alemão (mamárias). Em relação à idade, a maioria dos animais acometidos por neoplasias é

considerada adulta e, principalmente, idosa, com variação na faixa etária entre 6 e 12 anos. Em geral, as neoplasias

acometem mais fêmeas do que machos, levando em consideração que as neoplasias mamárias são as neoplasias

diagnosticadas com mais frequência na rotina veterinária.

Neoplasias em animais domésticos no Brasil

Após análises de vários relatos sobre estudos epidemiológicos publicados principalmente por Serviços de Patologia e de

Oncologia Veterinária das universidades e instituições de ensino e pesquisa nacionais, foram identificados os seis tipos de

neoplasia mais diagnosticados em cães e gatos (Quadro 1.1). Nesse estudo, as neoplasias mais detectadas compreendem as

de pele e tecido subcutâneo, depois de tumores mamários, hematopoéticos e ósseos.

Um estudo retrospectivo foi realizado no Serviço de Patologia Animal do Departamento de Patologia da Faculdade de

Medicina Veterinária e Zootecnia da USP por Kimura et al.

10 Todos os casos com o diagnóstico principal de neoplasia

(1993­2002) foram recuperados. Um total de 12.118 espécimes de biopsia e necropsia foi processado pelo serviço de

diagnóstico durante o período. Entre estes, 1.971 casos (16%) eram neoplasias, a maioria em caninos (92%, n = 1.813),

seguidos por felinos (4%, n = 82), equinos (3%, n = 61) e bovinos (1%, n = 15). Animais sem raça definida (SRD) foram

mais acometidos entre cães (27%, n = 492) e gatos (40%, n = 33). Holstein (47%, n = 7) e Mangalarga (28%, n = 17)

foram as raças mais comumente afetadas em bovinos e equinos, respectivamente. A incidência de tumores por gênero não

demonstrou diferença significativa entre as espécies. Cães e gatos eram acometidos por neoplasias com mais frequência na

faixa etária de 6 a 10 anos. As neoplasias mais frequentes em cães foram as mamárias (13%, n = 244), enquanto o

carcinoma espinocelular foi o mais diagnosticado em gatos (18%, n = 14), bovinos (53%, n = 8) e equinos (33%, n = 5).

Quadro 1.1 Distribuição das neoplasias mais diagnosticadas, de acordo com dados obtidos pela análise de estudos

epidemiológicos nacionais.

Neoplasiasdepeleetecidosubcutâneo

Tumores mamários

Neoplasias hematopoéticas

Tumoresorofaríngeos

Tumorvenéreotransmissívelem cães

Tabela 1.4 Dados de neoplasias em cães conforme publicados pelos Registros de Câncer Animal de Base Populacional

ou correlatos.

Localização

Proporção do tumor por localização (%) Incidência* Incidência*

Macho Fêmea Número Macho Fêmea

Peleetecido mole 56,1 30,8 1.437 378 187

Tecido mamário 1,9 56,4 205 25 1.525

Cavidadeoral 4 1,6 210 120 56

Linfoma não Hodkgin 3,2 1,5 134 229 182

Genitourinário 13,4 3,2 139 192 0

Autor (país) Vascellarietal.,2009

(Itália)

4

Dobson etal.,2002

(Reino Unido)

6

Merloetal.,2008

(Itália)

7

*Casosacada100.000indivíduosporano.

Em um estudo epidemiológico em cães tratados no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná (HV­UFPR),

no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006, verificou­se alta frequência de neoplasias mamárias (46,07% do total

de tumores), seguida de mastocitomas (10,93%), dos quais 35% comprometeram cães da raça Boxer. Diferenciando­se dos

relatos internacionais, em terceiro lugar foi diagnosticado o tumor venéreo transmissível (3,54%), depois os linfomas

(3,38%). Na Figura 1.1, demonstra­se a predominância das doenças neoplásicas nas fêmeas caninas. Pode­se observar que,

em uma população de 649 cães acometidos por neoplasias, 471 eram fêmeas, correspondendo a 72,5% da casuística.

A predisposição racial para o desenvolvimento de neoplasias está demonstrada na Tabela 1.5. De acordo com a

distribuição nessa tabela, constatou­se maior envolvimento de cães sem raça definida, Pastor­alemão, Poodle e Boxer, em

ordem decrescente.

A classificação histopatológica dos vários tumores em cães atendidos no período de investigação está relacionada na

Tabela 1.6. A frequência absoluta e relativa das neoplasias em cães relacionada com a idade está demonstrada na Figura

1.2, em que se observou maior predisposição ao desenvolvimento de tumores em animais com idade variando entre 6 e 12

anos. Conforme a Figura 1.3, os tumores mamários representam aproximadamente 46% de todas as neoplasias na fêmea

canina, sendo 67,9% dessas malignas.

Figura 1.1 Demonstração da frequência dos tumores em cães, distribuída conforme o sexo, diagnosticada pelo Serviço de

Oncologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a

novembro de 2006.

Figura 1.2 Distribuição do número de neoplasias em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do

Paraná, campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006, de acordo com a idade em anos.

Tabela 1.5 Incidência de neoplasias em cães, diagnosticadas no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná,

campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006, distribuída conforme a raça.

Raça Número de animais Porcentagem

Akita 6 0,92

Basset Hound 4 0,62

Boxer 70 10,79

Chow-chow 2 0,31

CockerSpaniel Inglês 49 7,56

Collie 4 0,62

Dachshund 12 1,85

Dálmata 6 0,92

Dobermann 25 3,85

Dogue Alemão 14 2,16

Fila Brasileiro 19 2,93

FoxPaulistinha 2 0,31

FoxTerrier 2 0,31

HuskySiberiano 10 1,54

Pastor-alemão 82 12,63

Pequinês 2 0,31

Pinscher 15 2,31

Poodle 47 11,4

Rottweiler 19 2,93

Samoieda 2 0,31

São Bernardo 6 0,92

Setter Inglês 6 0,92

Sheep Dog 6 0,92

Schnauzer 2 0,31

Weimaraner 6 0,92

Yorkshire 2 0,31

Cães sem raçadeꚦ횅nida 202 31,12

Total 649 100

A ocorrência das neoplasias mamárias foi maior nas fêmeas da espécie canina com idade entre 7 e 12 anos, conforme a

Figura 1.4.

Para concluir, por meio de estudo epidemiológico realizado na UFPR, constataram­se algumas correlações com

prováveis fatores etiológicos dos tumores mamários, como o fato de que 48,2% das fêmeas tinham sido tratadas

previamente com hormônios anticoncepcionais. Quanto à dieta, 52,63% das pacientes não eram alimentadas somente com

rações balanceadas. Também se observou que 68,4% das fêmeas com idades entre 7 e 12 anos foram acometidas por

tumores mamários malignos.

Por meio da correlação de dados, foi possível detectar alta incidência de mastocitomas afetando a raça Boxer. De um

total de 71 casos de mastocitomas atendidos no período da investigação, 35% eram de cães da raça Boxer. Quanto à

predisposição racial de linfomas, observou­se maior prevalência nesta mesma raça nas idades entre 5 e 10 anos. Em

nenhuma das neoplasias ou dos mastocitomas e dos linfomas foi possível detectar ou associar prováveis agentes

etiológicos externos.

Tabela 1.6 Porcentagem de tumores em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná,

campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006.

Classiꚦ횅cação histopatológica Número de tumores Porcentagem

Adenomade mama 81 12,91

Adenomadeadrenal 2 0,31

Adenomadeglândula hepatoide 8 1,27

Adenomasebáceo 13 2,07

Adenocarcinomasebáceo 2 0,31

Adenocarcinomadeintestinodelgado 2 0,31

Adenocarcinomade mama 129 20,57

Carcinomabasocelular 5 0,79

Carcinomabroncoalveolar 1 0,16

Carcinomadecélulas transicionais 2 0,31

Carcinomaespinocelular 7 1,11

Carcinomaindiferenciado 14 2,23

Condroma 4 0,63

Condrossarcoma 2 0,31

Fibroma 4 0,63

Fibrossarcoma 9 1,43

Epúlideacantomatoso 2 0,31

Epúlide ꚦ횅bromatoso 2 0,31

Epúlideossiꚦ횅cante 1 0,16

Hemangioma 14 2,23

Hemangiopericitoma 3 0,47

Hemangiossarcoma 19 3,03

Histiocitoma 11 1,75

Liomioma 8 1,27

Linfoma 22 3,50

Lipoma 14 2,23

MastocitomadegrauI 17 2,71

MastocitomadegrauII 50 7,97

MastocitomadegrauIII 4 0,63

Melanoma 12 1,91

Meningioma 2 0,31

Mixossarcoma 1 0,16

Osteocondrossarcoma 1 0,16

Osteoma 4 0,63

Osteossarcoma 4 0,63

Rabdomioma 14 2,23

Sarcomaindiferenciado 2 0,31

Seminoma 12 1,91

Sertolioma 4 0,63

Tricolenoma 2 0,31

Tumordecélulas intersticiais 14 2,23

TumordecélulasdeSertolibenigno 4 0,63

TumordecélulasdeSertoli maligno 8 1,27

Tumor mistobenignode mama 15 2,40

Tumor misto malignode mama 74 11,80

Tumorvenéreotransmissível 2 0,31

Total 627 100

Figura 1.3 Frequência das neoplasias malignas e benignas da glândula mamária observadas nas fêmeas da espécie

canina durante o período de investigação pelo serviço de Oncologia Veterinária do Hospital Veterinário da Universidade

Federal do Paraná, campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006.

Figura 1.4 Distribuição do número de casos de neoplasias mamárias conforme a idade, diagnosticadas no Hospital

Veterinário da Universidade Federal do Paraná, campus de Curitiba, no período de janeiro de 1998 a novembro de 2006.

Neoplasias mamárias em cães e gatos

As neoplasias mamárias são as diagnosticadas com mais frequência nas fêmeas da espécie canina, representando

aproximadamente 25 a 50% de todos os tumores diagnosticados. Estima­se que a taxa de incidência anual de cadelas

desenvolvendo neoplasias mamárias seja de 198 em cada 100 mil. Todas as raças podem ser afetadas, com maior

incidência em Pastor­alemão, Dobermann, Poodle e Cocker Spaniel. Apresentam com mais frequência o tumor, fêmeas

com idade avançada, em torno de 10 anos, e esterilizadas após vários estros. Aproximadamente 50% das neoplasias

mamárias são malignas.

Os fatores de risco mais descritos para as neoplasias mamárias em cadelas compreendem a estimulação estrogênica, o

emprego de contraceptivos e a alimentação rica em gorduras.

Quanto aos fatores de proteção, recomenda­se a castração cirúrgica precoce antes do primeiro estro, além da

administração de rações balanceadas, evitando­se o excesso de ingestão de gorduras. O efeito protetor conferido pela

gestação em idade mais jovem observado na mulher não foi constatado em fêmeas das espécies canina e felina.

Nas gatas, as neoplasias mamárias representam o terceiro tipo mais diagnosticado, menos frequente em comparação às

fêmeas da espécie canina, sendo secundária aos tumores de pele e aos do sistema hematopoético. As fêmeas entre 10 e 14

anos são as mais afetadas, e a predisposição maior ocorre na raça Siamesa. De acordo com levantamentos epidemiológicos,

estima­se que a incidência anual esteja em torno de 12,8 em 100 mil gatos, sendo de 25,4 para 100 mil gatas. De 80 a 96%

das neoplasias mamárias são malignas, a maioria representada pelos adenocarcinomas, altamente metastáticos nos pulmões

e linfonodos regionais. Como na cadela, a duração da exposição a estrogênio e progesterona está associada à

carcinogênese. A supressão hormonal por meio da ovariectomia anterior ao primeiro estro reduz o risco da tumorigênese

mamária em 0,05%, aumentando para 8% após o primeiro estro e 26% após o segundo ciclo estral. O maior consumo de

gorduras e carne vermelha também está associado à carcinogênese mamária em gatas. Não houve correlação entre a idade

da primeira gestação e o desenvolvimento tumoral nessa espécie.

Tumores de pele em cães e gatos

Na literatura, há unanimidade na afirmativa de que as neoplasias de pele e subcutâneas sejam as mais diagnosticadas em

cães. Há divergências nos estudos epidemiológicos sobre os tumores de pele, na maioria das vezes citados como

representantes de um terço de todas as neoplasias que se desenvolvem nessa espécie. Nos gatos, são secundários aos

tumores linfoides, além de representarem um quarto de todas as neoplasias nessa espécie. Estima­se que a incidência esteja

em torno de 450 casos de neoplasias cutâneas em 100 mil cães e de 120 em 100 mil gatos. Cerca de 80% dos tumores de

pele são benignos em cães. Em gatos, essa porcentagem está em torno de 59%. Com frequência, os papilomas são

descritos como os mais diagnosticados em cães, seguidos pelos lipomas. Entre as neoplasias malignas, os mastocitomas

são considerados os mais frequentes em cães, observando­se que são mais invasivos localmente do que metastáticos.

Aproximadamente dois terços das neoplasias de pele em cães são benignos e se originam a partir do epitélio das

estruturas anexas, como glândulas sebáceas e sudoríparas, além dos folículos pilosos. No que se refere ao tipo, podem ser

tumores epiteliais, tumores mesenquimais e tumores de células redondas.

As neoplasias de pele mais diagnosticadas em cães compreendem os mastocitomas, hemangiossarcomas, carcinomas,

melanomas, carcinomas de células basais e linfomas cutâneos. Os gatos são mais acometidos pelos carcinomas de células

basais, mastocitomas, carcinomas de células escamosas e fibrossarcomas.

Aproximadamente 20 a 30% das neoplasias de pele são malignas em cães, ao passo que em gatos a prevalência de

tumores malignos de pele varia de 50 a 65% dos casos. As neoplasias cutâneas são mais frequentes em cães mais velhos, e

o gênero não interfere na incidência.

O fator de risco compreende a exposição à radiação ultravioleta, principalmente em pacientes com áreas pouco

pigmentadas ou despigmentadas. Nesses animais, os filtros solares constituem opções de proteção, evitando­se também a

exposição solar de cães e gatos no horário das 10 às 16 h.

Mastocitomas em cães e gatos

Os mastocitomas são os tumores malignos de pele mais frequentes em cães e secundariamente em gatos, representando 20

a 25% das neoplasias cutâneas e subcutâneas em cães. Em geral, os mastocitomas acometem cães mais idosos, com média

de idade de 9 anos. Apesar disso, a doença pode ocorrer em todas as idades, já tendo sido diagnosticada em cães com 1

ano e gatos com 18 anos. Essas neoplasias podem comprometer animais SRD, e algumas raças têm maior risco, como

Boxer, Golden Retriever, Labrador Retriever, Boston Terrier, Cocker Spaniel, Schnauzer e Shar­pei. Até o momento, não

foram relatadas predileções geográficas e/ou por gênero em cães. Já nos gatos, constatou­se que os machos são mais

afetados pelos mastocitomas em comparação às fêmeas.

Em gatos, os mastocitomas representam a quarta neoplasia de pele mais frequente, precedida pelos tumores de células

basais, pelo carcinoma de células escamosas e pelos fibrossarcomas. Os gatos da raça Siamesa têm mais predisposição ao

desenvolvimento de mastocitomas cutâneos.

Considerando­se que a maioria dos mastocitomas se desenvolve na pele, postula­se que carcinógenos tópicos possam ter

participação na gênese desses tumores.

Como a etiopatogenia dos mastocitomas em cães é desconhecida, em alguns estudos há sugestões de que a gênese seja

viral, apesar de não haver tendência epidemiológica indicativa de transmissão horizontal dessa neoplasia.

Um dos fatores prognósticos é a marcação celular por imuno­histoquímica. Algumas citocinas (IL­3, IL­6, IL­4) e

alguns fatores de crescimento para mastócitos (stem cell factor – SCF) são importantes no desenvolvimento e na

maturação dessas células. O receptor para SCF é o kit codificado pelo proto­oncogene c­kit. As interações SCF­kit são

necessárias para diferenciação, sobrevivência e função dos mastócitos. O receptor de membrana c­kit também é conhecido

pelo termo CD117 (cluster of dif erentiation). Trata­se de um receptor de citocinas expresso na superfície de células

hematopoéticas e em outras células. Formas alteradas deste receptor podem estar associadas a alguns tipos de câncer.

CD117 é um receptor com atividade de tirosinoquinase, que se liga ao SCF. Quando isso ocorre, há a formação de um

dímero que ativa sua atividade intrínseca de tirosinoquinase, a qual é responsável por fosforilar e ativar moléculas que

fazem a transdução de sinais, propagando os sinais para as células e levando ao núcleo a informação que a célula deve

entrar para o ciclo celular. Recentemente, alguns pesquisadores identificaram a presença de ativadores de mutação no

proto­oncogene c­kit em mastocitomas de cães, sendo um importante fator prognóstico. A alta frequência de mutações em

um gene tem função importante na gênese do tumor, o que sugere que aberrações no c­kit estão envolvidas no

desenvolvimento ou na progressão dos mastocitomas em cães. Em 2009, a FDA (Food and Drug Administration) dos

EUA aprovou o medicamento toceranib fosfato, uma molécula pequena, um inibidor múltiplo dos receptores da

tirosinoquinase, com atividade direta antitumoral e também antiangiogênica. O medicamento tem se mostrado eficiente em

aumentar a sobrevida de cães portadores de mastocitomas caninos.

Linfomas em cães e gatos

O linfoma é um dos tumores malignos mais frequentes em cães; representa de 80 a 90% das neoplasias hematopoéticas e

aproximadamente 20% de todos os tumores caninos.

Embora questões epidemiológicas em Medicina Veterinária sejam difíceis por não dispor de um denominador,

atualmente, de acordo com demonstrações estatísticas internacionais, estima­se que a crescente incidência de linfoma esteja

em torno de 110 casos em cada 100 mil cães. Pode afetar cães em qualquer idade, mas a maioria dos pacientes

comprometidos tem média de idade de 6 a 7 anos, embora já se tenha detectado linfoma em animais mais jovens. Não há,

entretanto, predisposição conforme o sexo. As raças mais comprometidas pelo linfoma são Boxer, Basset Hound, São

Bernardo, Labrador Retriever, Scottish Terrier, Airedale Terrier e Bulldog, sendo os menos comprometidos o Dachshund e

o Lulu da Pomerânia.

De maneira similar ao que ocorre com a maioria dos levantamentos epidemiológicos, por serem isolados e dispersos

geograficamente, há divergência quanto à predisposição racial do linfoma, sendo de incidência elevada em Golden

Retriever, Boxer, Pastor­alemão, Scottish Terrier e West Highland White Terrier. Embora os dados estatísticos

representem evidências circunstanciais, no Quadro 1.2 estão enumeradas as raças comprometidas com mais frequência pelo

linfoma.

Quanto à causa do linfoma, no cão permanece desconhecida e nos gatos especula­se uma etiologia retroviral. Apesar de

haver controvérsia sobre a influência dos herbicidas, em particular do ácido 2,4­diclorofenoxiacético (2,4­D), sobre o risco

de desenvolvimento do linfoma, aconselha­se evitar exposição dos cães a esse agente. Outra correlação observada é entre

linfomas e exposição a campos eletromagnéticos. Nas hipóteses etiológicas do linfoma, também estão inclusas as

anormalidades cromossômicas e a disfunção do sistema imunológico. Em gatos, a leucemia viral felina (feline leukemia

virus – FeLV) tem sido identificada como um carcinógeno biológico da transformação maligna dos linfócitos. Nas

investigações epidemiológicas realizadas antes do uso preventivo das vacinas contra FeLV, a incidência de linfoma era de

200 em 100 mil gatos. Com o desenvolvimento e a eficácia das vacinas aliados à detecção precoce e à remoção dos gatos

virêmicos da população geral, reduziu­se de modo considerável a incidência de linfoma induzido pelos vírus da leucemia

felina.

Recentemente, constatou­se que os carcinógenos químicos presentes na fumaça de cigarro constituem­se em fatores de

risco para o desenvolvimento de linfomas em gatos. Quanto maior o tempo de exposição à fumaça e a contaminação

ambiental, mais elevado é o risco de os gatos serem acometidos por linfoma. Alguns estudos mostram a exposição à

poluição atmosférica como fator de risco no desenvolvimento de linfomas em seres humanos e cães.

Quadro 1.2 Demonstrativo das raças de cães mais afetadas pelo linfoma.

Bernese Moutain Dog

Boxer

CockerSpaniel

Dobermann

Dogue Alemão

Golden Retriever

Greyhound

Labrador Retriever

Pastor-alemão

Poodle

Rottweiler

Schnauzer

West HighlandWhiteTerrier

Tumor venéreo transmissível em cães

O tumor venéreo transmissível em cães (TVT) é uma neoplasia de células redondas e se localiza de preferência nas

superfícies mucosas da genitália de ambos os sexos, embora haja relatos de ocorrência extragenital. Essa neoplasia se

desenvolve com mais frequência em animais jovens sexualmente ativos, não havendo predisposição racial, sendo as fêmeas

em idade reprodutiva as mais acometidas. Um estudo nacional constatou que, dentro dos 3,3% dos casos diagnosticados

com o TVT, 72,70% eram fêmeas.

O TVT tem sido relatado em todas as partes do mundo, apesar de diagnosticado com mais frequência em países de

clima tropical e subtropical. As áreas consideradas enzoóticas para essa neoplasia incluem sul dos EUA, sudeste da

Europa, América do Sul, América Central, Japão, Extremo Oriente e parte da África.

Os cães com maior risco são os que vivem livremente nas ruas, em regiões sem controle populacional. A transmissão do

TVT ocorre por transplante de células durante a cópula ou por contato entre os animais sadios e os portadores da

neoplasia. As lesões que comprometem a integridade das superfícies mucosas favorecem a disseminação do tumor.

Apesar de se suspeitar de uma etiologia viral, as evidências constatadas ainda não permitem fundamentar a teoria de que

o TVT seja provocado por vírus. Sendo transmitido por contato, a prevenção fundamenta o controle de TVT, uma vez que

os fatores de risco com a permanência dos cães nas ruas e a falta de controle populacional podem ser evitados.

Osteossarcomas em cães e gatos

Os osteossarcomas representam 80% dos tumores ósseos e 5 a 7% das neoplasias malignas em cães. Há uma distribuição

bifásica de idade entre dois e 9 anos, com uma média de 7 anos, embora haja relatos de acometimentos em cães com 1 ano

de idade. Em torno de 75% dos osteossarcomas ocorrem no esqueleto apendicular e 25% no axial.

As raças grandes são as mais acometidas, e comprovadamente não há predileção por sexo, apesar de se constatar em

alguns estudos estatísticos mais predileção pelos machos. As raças gigantes mais suscetíveis incluem Mastiff, Bernese

Mountain Dog e Irish Wolfhound. Raças grandes como Rottweiler, Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor­alemão,

Dobermann, Weimaraner, Greyhound e Boxer, apresentam risco aumentado.

Os membros torácicos são duas vezes mais afetados que os pélvicos, e as localizações mais frequentes desse tumor são

o rádio distal e o úmero proximal. No membro pélvico, as áreas mais afetadas são o fêmur distal e a tíbia proximal. A

maior incidência desse tumor ósseo no membro torácico pode estar relacionada com o maior apoio nessa região. O rápido

crescimento nas etapas iniciais do desenvolvimento e o estresse ósseo provocado pelo apoio provavelmente causam

microfraturas e são considerados fatores etiológicos significativos.

Os fatores de risco associados ao desenvolvimento dos sarcomas ósseos incluem radiação ionizante, infartos ósseos e

microfraturas de estresse, além das alterações genéticas. Os efeitos mutagênicos das radiações ionizantes podem causar o

desenvolvimento dos osteossarcomas. As neoplasias associadas aos infartos ósseos podem ser secundárias a processos

crônicos de reparação em fraturas com não união ou união atrasada. Além disso, suspeita­se que os implantes ortopédicos

que causam reação inflamatória crônica possam predispor à oncogênese óssea. Nas raças grandes, tem­se proposto que as

microfraturas de fadiga nas metáfises sejam fatores de risco em potencial para o desenvolvimento do sarcoma ósseo.

As alterações nos genes supressores de tumor Rb e p53 foram identificadas em pacientes da espécie humana e têm sido

avaliadas em cães com osteossarcomas.

Pode haver predisposição genética nas raças grandes e gigantes, uma vez que já foi descrita a incidência familiar em

Rottweiler e São Bernardo.

O gene supressor de tumor, PTEN, foi recentemente avaliado em células de osteossarcomas de cães. Por meio de

estudos pela imuno­histoquímica observaram­se deleção e mutação de PTEN das células tumorais. Isso sugere que a

mutação do gene PTEN tem participação importante na patogênese do osteossarcoma, assim como em muitas neoplasias

humanas.

Em outra pesquisa, avaliaram­se os proto­oncogenes c­sis, c­myc, N­myc e clt­ras em amostras de osteossarcomas e

tecidos normais de cães, observando­se significativa amplificação dos genes c­sis e c­myc nas células neoplásicas ósseas.

Ainda nesse estudo, constataram­se níveis de expressão do produto do gene sis, o fator de crescimento derivado de

plaquetas beta (PDGF­beta, platelet derived growth factor beta), em osteossarcomas das espécies caninas e felinas.

Recentemente, constatou­se que todas as células analisadas de osteossarcomas de cães continham receptores de PDGF. Isso

sugere a possibilidade da participação de um fator de crescimento autócrino na patogênese dos sarcomas ósseos em cães.

A mutação do proto­oncogene MET também foi investigada em osteossarcomas de cães. Esse oncogene afeta o

potencial de metástase e de invasão em alguns cânceres do ser humano, inclusive os sarcomas ósseos. Constatou­se que

quatro a sete amostras de osteossarcomas caninos continham altos níveis do oncogene MET.

Recentemente, observou­se aumento na expressão do gene do hormônio do crescimento (GH, growth hormone) em áreas

de formação ativa de osteoides. A expressão do GH ácido ribonucleico mensageiro (mRNA, messenger ribonucleic acid)

foi demonstrada em áreas metafisárias da placa de crescimento de cães normais e também em 25% dos osteossarcomas

estudados nessa espécie. Os autores desse estudo concluíram que o GH produzido localmente tem envolvimento na

formação dos osteoides e pode ter participação ativa no desenvolvimento dos osteossarcomas caninos.

Câncer orofaríngeo em cães e gatos

Os tumores orofaríngeos correspondem a aproximadamente 6% de todas as neoplasias que ocorrem no cão, com alguns

relatos epidemiológicos demonstrando incidência de 20 casos em 100 mil cães e de 11 diagnósticos em 100 mil gatos.

Embora muitos tumores sejam benignos, há diversas neoplasias malignas que afetam os animais de estimação. As raças

com pigmentação na cavidade oral, como Pastor­alemão, Cocker Spaniel, Scottish Terrier e Chow­chow, estão predispostas

ao melanoma oral. O Cocker Spaniel tem maior incidência de melanoma em comparação a outras raças, e pode haver

pequena predominância em cães machos.

No que se refere à idade, as lesões cancerosas da cavidade oral podem se apresentar em qualquer faixa etária, ocorrendo

com maior frequência entre 7 e 11 anos.

Os tumores orais mais diagnosticados em cães, em ordem decrescente, envolvem fibrossarcomas, melanomas malignos

e carcinomas de células escamosas. Nos gatos, os carcinomas de células escamosas são mais frequentes, seguidos pelos

fibrossarcomas.

Infelizmente, em razão da localização, os tumores orais malignos são detectados com frequência em uma fase avançada,

no estádio II da doença, quando o tumor pode apresentar de 2 a 4 cm de diâmetro.

De acordo com algumas pesquisas, provavelmente os tumores da cavidade oral e os nasais podem decorrer da maior

proximidade dessas estruturas com o solo contaminado com carcinógenos ambientais, como os herbicidas nas áreas rurais.

Análise espacial

A análise espacial das informações sobre câncer em animais de estimação tem ganhado destaque como método de pesquisa

e permite entender como as características ambientais, sociais, econômicas e culturais distribuídas de forma heterogênea no

espaço podem influenciar a ocorrência de neoplasias em uma região. Um exemplo é a avaliação de conglomerados

espaciais dos casos de neoplasias mamárias atendidos pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal da Bahia. Outro

artigo, por exemplo, por meio desse método, conseguiu analisar o efeito da poluição atmosférica sobre a incidência de

neoplasias em Israel.

Animais como sentinelas de contaminações ambientais

É consenso entre os epidemiologistas a necessidade de se instituírem programas envolvendo educação da comunidade na

prevenção do câncer. Assim, as pesquisas não devem privilegiar somente os aspectos laboratoriais e clínicos da doença.

Considerando que em torno de 80% das neoplasias têm estímulos ambientais, podendo ser prevenidas, é de grande valia

discorrer sobre os fatores de risco do câncer. Por definição, “fator de risco” refere­se à probabilidade de ocorrer um fato

indesejado, ou seja, são os eventos que contribuem para que ocorra o câncer. Muitos fatores identificados relacionam­se

com o meio ambiente e outros se referem a uma predisposição individual. Os fatores de risco para o câncer em seres

humano podem ser classificados como constitucionais e exógenos (Figura 1.5).

Há descrição de alguns prováveis fatores de risco para determinados tipos de neoplasias de cães e gatos. Assim, estão

apontados na Tabela 1.7 os fatores de risco e os de proteção para as afecções neoplásicas mais pesquisadas em cães e

gatos.

A incidência de câncer está aumentando entre os seres humanos e animais domésticos, bem como a necessidade de se

investigar os riscos ambientais que possam estar relacionados com essa elevação no número de casos.

Modelos de laboratório e culturas de células têm limitação intrínseca em relação aos estudos comparativos em

Oncologia, como a grande homogeneidade genética, as condições de vida controladas e a necessidade de usar protocolos

cancerígenos para induzir neoplasias. Estudos observacionais, usando cães e gatos que compartilham o ambiente doméstico

dos seus proprietários, permitem uma nova abordagem na pesquisa sobre fatores carcinogênicos e tornam plausível a

capacidade de investigar o câncer em animais com o objetivo de prever possíveis riscos à saúde pública humana. Animais

de companhia, em virtude de sua baixa mobilidade e taxa de migração, e pela ausência de hábitos como o tabagismo e o

consumo de álcool, diminuem os vieses e fatores de confusão normalmente encontrados nos estudos observacionais em

seres humanos. Animais de estimação são igualmente influenciados pela situação socioeconômica do proprietário e pelo

acesso deste a serviços de saúde. Além disso, esses animais têm características fisiológicas e genéticas semelhantes aos

seres humanos, além de serem expostos a níveis semelhantes e responderem de forma análoga aos insultos tóxicos. Os

cães apresentam menor período latente em relação ao surgimento de sinais clínicos do câncer, o que consequentemente

diminui os custos e o tempo necessário para a execução dos estudos e permite a avaliação de efeitos ambientais em uma

população de forma precoce.

Figura 1.5 Fatores de risco para o câncer no homem.

Tabela 1.7 Fatores de risco e de proteção nas neoplasias diagnosticadas com mais frequência em cães e gatos.

Tumor Fatores de risco Fatores de proteção

Glândulas mamárias Exposiçãoaelevados níveisdeestrógenos

Usodecontraceptivos

Dietaricaem gordura

Predisposiçãoracial

Ovariectomiaprecoce(antesdoprimeiroestro)

Prevenirobesidade

Evitar carnevermelha

Fornecer raçãobalanceada

Pele Exposiçãoaos raios solares

Radioterapiaintraoperatória

Evitarquepermaneçaexpostoàradiaçãosolar

Tumorvenéreotransmissível canino Superpopulaçãodecães livres nas ruase nas

praças

Ovariossalpingoisterectomiaprecoce

Estimularaposseresponsáveldosanimais

Linfossarcoma Contaminaçãocom carcinógenosquímicos

como herbicidas (ácido2,4-

diclorofenoxiacético)

Exposiçãoeletromagnética

Infecçãoporvírusdaleucemiafelina

Evitarexposiçãoàfumaçadocigarro

Evitar contaminaçãoquímicaambiental

Prevenirexposiçãoacamposeletromagnéticos

Vacinaçãoeisolamentodosgatos com vacinas contra

vírusdaleucemiafelina

Osteossarcoma Radiações ionizantes

Infartoósseoe microlesõesdefadiga

Alterações nosgenes supressoresdetumor Rb

ep53

Reações in쒷▢amatórias crônicas (reparações

complicadas,próteses metálicas)

Mastocitomas Lesões crônicas Evitarexposiçãoacarcinógenosquímicos

Trataras lesões in쒷▢amatórias crônicas

Prevenir traumatismos repetitivosqueculminem em

reaçãoin쒷▢amatóriacrônica

Carcinomasdecélulasdetransição Obesidade

Exposiçãoainseticidas

Administraçãodeciclofosfamida(acroleína)

Carcinomadecélulasescamosasdapele Exposiçãoàluz solar,embora nem todosesses

tumores sejam induzidospelosol

Adenomasperianais Estímulopelatestosterona

Hiperadrenocorticismoéfatorderiscoporque

induzaproduçãoexcessivadeesteroidespelas

glândulasadrenais

Orquiectomiaprecoce

Hemangiossarcoma No homem,estáassociadoaradiação

ultravioleta,estrôncio-90,dietilnitrosamina,

cloretodevinil,dióxidodetório

Sarcomasdeaplicação Vacinas contravírusdaleucemiafelina(FeLV)e

antirrábica

Administraçãosubcutâneadealguns

medicamentos, comodexametasona,

prednisolona,amoxicilina,penicilinaou

mesmoaaplicaçãodesolução ꚦ횅siológica

Limitarousodeadjuvantesvacinais

EvitarSCparaaadministraçãodedeterminados

medicamentos

Variarolocaldevacinação

Algumas neoplasias nos animais domésticos são muito semelhantes aos seus correspondentes em seres humanos, como

os linfomas não Hodgkin (LNH), as leucemias, os sarcomas de tecidos moles, os tumores de próstata, o mesotelioma, o

melanoma, o osteossarcoma, os adenocarcinomas mamários e as neoplasias de pulmão, bexiga, cabeça e pescoço, sendo

um exemplo em potencial de modelo para as pesquisas relacionadas com os seres humanos.

Uma série de substâncias cancerígenas aos seres huma­nos também pode aumentar as taxas de câncer em animais

domésticos. Há relatos de que a utilização de asbestos e a proximidade de residências a locais onde se manipulam ou

aplicam produtos químicos (tintas, solventes e combustíveis industriais) aumentam o risco de câncer em seres humanos e

nos cães. Um estudo mostrou uma maior incidência de câncer em humanos ao redor de Nápoles, onde há incineração de

lixo e resíduos ilegais, especialmente linfoma. Uma análise espacial demonstrou a associação com casos de câncer humano

na mesma área.

Os animais podem ser utilizados como sentinelas da poluição ambiental. O uso de pesticidas e herbicidas está

relacionado com o aumento de casos de linfomas, neoplasias testiculares e de bexiga. Gatos que vivem expostos à mesma

contaminação ambiental que seus proprietários fumantes, tanto na inalação quanto por ingestão oral durante a sua autohigienização, estão suscetíveis a maior risco de desenvolverem linfomas. Um estudo mostrou maiores danos ao DNA no

epitélio pulmonar e olfatório em cães com idade acima de 5 anos em comparação aos cães­controle (filhotes) expostos à

poluição atmosférica. A concentração da poluição do ar em diferentes regiões de São Paulo corroborou com os níveis de

danos causados ao DNA dos cães coletados em cada região (norte, oeste, leste e sul).

Zanini et al.

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